19 de Maio de 2018 às 08:13

Abertura do VII EEBAN/MS destaca unidade e luta da classe trabalhadora

Campanha Nacional

Na noite dessa sexta-feira (18), aconteceu, na sede do SEEBCG-MS, a solenidade de abertura do VII EEBAN/MS (Encontro Estadual dos Bancários de Mato Grosso do Sul), com a presença de bancários, dirigentes sindicais e trabalhadores de outras categorias.

A mesa das autoridades foi composta pelo presidente do SEEBCG-MS, Edvaldo Barros, o presidente do SEEB Dourados, Ronaldo Ferreira, o secretário de Política de Igualdade da Fetec-CUT/CN, Carlos Alberto Longo, o presidente da CUT/MS, Genilson Duarte, o presidente do Sintect/MS, Elaine Regina de Souza Oliveira, o presidente da Fetems, Jaime Teixeira, e a doutora em Ciência Política, Regina Coeli Moreira Camargos.

Como anfitrião do evento, o presidente do SEEBCG-MS, Edvaldo Barros, primeiramente, agradeceu a presença dos bancários, da diretoria do sindicato e de demais dirigentes sindicais. Edvaldo ressaltou que o EEBAN dá início à campanha nacional dos bancários, onde serão debatidos as dificuldades e as reivindicações da categoria. “Mas este ano, teremos um cenário desfavorável aos trabalhadores, com a reforma trabalhista que já vem impactando o emprego dos bancários. O desafio é grande e precisamos manter unidade nesta luta. A categoria precisa entender o cenário políticos e econômico e que, a gente só vai conseguir reverter isso, se realmente ocorrer uma grande aliança nacional entre entidades de classe e trabalhadores”, completou.

 

Depois de um acordo de dois anos, a sétima edição do EEBAN/MS é de extrema importância diante dos ataques que os trabalhadores estão sofrendo. A avaliação é do presidente do Sindicato dos Bancários de Dourados, Ronaldo Ferreira. “Serão dos dias de debates neste encontro, em que estaremos pautando a nossa conferência nacional. E a conjuntura política e econômica atual nos leva a lutar, ainda mais intensamente, na campanha nacional deste ano. Estamos retornando à era de FHC, em que a política neoliberal está sendo posta a prova, e se não tivermos unidade na nossa categoria, não vamos reverter esse cenário, e nem mesmo a reforma trabalhista”, pontuou Ronaldo. 

Representando a Fetec-CUT/CN, o secretário de Política de Igualdade da federação, Carlos Alberto Longo, também comentou a necessidade de união com as demais categorias de trabalhadores. “Nós, bancários, não podemos deixar de tratar das nossas questões, dos direitos dos bancários, mas também devemos olhar para os demais trabalhadores. O sindicato não pode ficar fechado para si mesmo, olhando só para a sua categoria. O sindicato tem que ser o fermento para a política e para a sociedade. O sindicato tem que fazer política, principalmente, neste ano eleitoral, porque nós fazemos a nossa pauta, por isso estamos aqui, e precisamos ter quem referencie e nos represente no Congresso Nacional quanto às nossas reivindicações”.

 

A mesma opinião quanto da necessidade da união das entidades sindicais e das classes, principalmente, neste ano eleitoral, foi compartilhada pelos presidentes da CUT, Fetems e Sintect/MS.

“Eventos como este são importantes para debater qual modelo de governo queremos, principalmente agora, em ano eleitoral. O movimento sindical precisa estar forte e unido com os trabalhadores para que possamos chegar a um modelo de governo de país que seja importante para os trabalhadores”, comentou o presidente da Fetems, Jaime Teixeira.

“Os trabalhadores precisam acordar para os ataques que já veem sofrendo, como as demissões e os fechamentos de agências, como ocorrem nas empresas públicas, com os Correios e os bancos públicos. Se o trabalhador não acordar, as conquistas de décadas serão retiradas numa mãozona só por este governo. Os trabalhadores dos Correios já tiveram uma grande derrota, que foram as alterações no plano de saúde, em que houve aumento da cobrança e muitos não terão condições de pagar. Somente com a luta poderemos vencer este governo”, completou a presidente da Sintect/MS, Elaine Regina de Souza Oliveira.

 

“Não dá para aceitar pacificamente os ataques do governo Federal em cima dos trabalhadores. Precisamos construir uma greve e a categoria bancária é um exemplo para as demais. É esta categoria que sinaliza para as outras quanto às lutas e às negociações de salários e de direitos”, ressaltou o presidente da CUT/MS, Genilson Duarte. 

Palestra

Depois da abertura do VII EEBAN, foi realizada a palestra “Análises das conjunturas política e econômica”, com a doutora em Ciência Política, Regina Coeli Moreira Camargos.

Regina apontou os múltiplos desafios da categoria bancária na campanha salarial deste ano, com as reestruturações nos bancos, os ataques aos bancos públicos, a conjuntura política e econômica do país, a reforma trabalhista e a mudança do coordenador da mesa de negociação da Fenaban, depois de 20 anos.

 

A doutora em Ciência Política acredita que, a partir de agora, os bancários terão uma dieta de direitos. “Depois de 40 anos de avanços na convenção, acredito que, a partir de agora, a CCT terá uma completa estagnação, sem avanços nos direitos. Talvez, neste primeiro momento, não haverá redução de direitos dos bancários que estão na CCT, mas sim uma paralisação, com exceção dos bancários dos bancos públicos, que já estão sendo atacados”, comentou Regina.

A palestrante também falou sobre os índices gerais de desemprego, o impacto real da reforma trabalhista no número de empregos no país, a recessão econômica, em que o PIB voltou aos patamares de 8 anos atrás, e, ao contrário do que é dito pelo governo federal, a economia não está crescendo.

Programação

O VII EEBAN segue com a programação durante todo o sábado, dia 19, com debates sobre o impacto da reforma trabalhista na Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários, o futuro do trabalho da categoria frente aos avanços da tecnologia e o sistema financeiro que queremos.

O encontro tem como objetivo discutir e aprovar as propostas regionais que serão encaminhadas à 20ª Conferência Nacional dos Bancários, que acontece de 8 a 10 de junho, em São Paulo.

Dia 19 de maio (sábado)
08h15 – Início do credenciamento dos(as) participantes
08h30 – Composição da mesa para início dos trabalhos
08h45 – Discussão e aprovação do Regimento Interno
09h – Painel: “Impactos da Reforma Trabalhista na CCT dos Bancários”
Palestrante: Paulo Roberto – advogado do Escritório LBS
9h40 – Painel: “Futuro do trabalho frente aos avanços tecnológicos”
Palestrante: Andreia Ferreira – supervisora técnica do DIEESE/Escritório Regional de MS
10h – Debates com os(as) delegados(as) sobre as exposições
10h50 – Intervalo
11h – Painel: “O Sistema Financeiro que queremos”
Palestrante: Cleiton dos Santos Silva – presidente da Fetec-CUT/CN
11h20 – Debate
11h40 – Apresentação da Consulta da Campanha 2018 (base de Dourados e Campo Grande)
12h – Intervalo para almoço
13h30 – Reinício: discussão dos eixos estratégicos e levantamentos das propostas CCT 2018
15h – Plenária de apresentação dos debates nos grupos
17h – Encerramento

Por: Tatiana Martins/Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS

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