28 de Novembro de 2016 às 08:53

Bradesco diz que vai reestruturar e fechar agências

Bradesco

O Bradesco pode fechar agências e também vai apostar na reestruturação voltada para bancos virtuais e atendimento por celular, como anteriormente decidiram o Itaú e, nesta semana, a direção do Banco do Brasil, com reestruturações que estão impactando duramente os funcionários.

Segundo a matéria do jornal Folha de São Paulo publicada ontem (24), em reunião com investidores, o presidente do banco Luís Carlos Trabuco afirmou que há uma “certa sobreposição” depois da aquisição do HSBC e superdimensionamento, para atual conjuntura econômica, que o banco pode fechar agências e transferi-las para postos de atendimento.

A matéria também destaca que até então o banco vinha descartando a possibilidade de fechar agências após a fusão do HSBC, que se concretizou em julho. 

Hoje, segundo a matéria, 77% das transações do banco já são feitas por aplicativo no celular ou internet banking e que o Bradesco considera a preservação de agências físicas para a contratação de serviços mais complexos, como por exemplo, o crédito imobiliário.

Trabuco também afirmou que descarta voltar a operar a rede do Banco Postal. Em dezembro, vence o contrato do Banco do Brasil como correspondente bancário que opera nos postos dos Correios. O Bradesco foi o primeiro parceiro dos Correios no serviço, mas depois de 10 anos de convênio, preferiu montar rede de atendimento nos municípios mais rentáveis.

Gheorge Vitti, coordenador da COE- Comissão de Organização dos Empregados, comprova a falta de compromisso social do banco:  “Quando o Bradesco tinha o banco Postal, fez o discurso da bancarização, que queria levar o banco onde a sociedade era desprovida. Discurso social falso, uma vez que, se revela nessa entrevista apenas o discurso comercial da sobreposição das agências e o desinteresse pelo Banco Postal”, afirma.

Os funcionários já mostravam  sua preocupação ao escolher o emprego como mote de seu Dia Nacional de Luta, que aconteceu na semana passada: “Queremos que o banco dialogue com seus funcionários sobre todas estas transformações. O trabalhador não é mercadoria. O Bradesco deve demonstrar sua responsabilidade social, não só na propaganda, mas através da manutenção do emprego e de permitir o acesso ao Sistema Financeiro para a sociedade”, destaca Vitti.         

Fonte: Contraf-CUT

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