16 de Julho de 2018 às 08:16

Empregados garantem calendário de negociação com a Caixa

Campanha Nacional

A Caixa Econômica Federal negou-se a assinar o pré-acordo que garantiria a validade do atual Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), após a data-base da categoria, a chamada ultratividade.  Seguiram assim a linha apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no último dia 12, na segunda reunião que discutiu a Campanha Nacional 2018 com o Comando Nacional dos Bancários. Na primeira rodada de negociações da mesa específica da Caixa, realizada nesta sexta-feira (13), em São Paulo, a CEE/Caixa garantiu um calendário de negociação com a empresa. Os próximos encontros serão nos dias nos dias 20 e 26 deste mês, em Brasília. 

A pauta da reunião do dia 20 será Saúde e Condições de Trabalho, Caixa 100% Pública e Nenhum Direito a Menos e no dia 26 de agosto serão debatidos Saúde Caixa e Funcef. A direção da Caixa ressaltou que os acordos específicos, antes de serem assinados, devem passar pela aprovação do Conselho de Administração (CA) da Caixa. “Nós sabemos que sempre houve a necessidade de consulta aos órgãos controladores. Porém, nossa preocupação é que, com o atual desmonte do banco, interesses privados venham a prejudicar os empregados e a manutenção do caráter 100% público da Caixa”, explicou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE–Caixa). 

“Apesar de não garantir o pré-acordo, avaliamos que nesta primeira rodada de negociação a Caixa mostrou a intenção de negociar as reivindicações dos empregados. Logo, é importante reforçarmos a mobilização e resistência, pois só a participação de todos os empregados nossa luta será vitoriosa. Tudo por todos!”, declarou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura Contraf-CUT e representante da Confederação nas negociações com a Caixa. 

Saúde e Condições de Trabalho  

Na reunião desta sexta, a CEE/Caixa apresentou as reivindicações específicas dos empregados em relação a Saúde e Condições de Trabalho, aprovadas no 34º congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Concecef), realizado nos dias 7 e 8 de junho. “Os empregados da caixa devem participar ativamente das atividades chamadas pelos sindicatos, se mobilizando na defesa dos seus direitos e da Caixa 100% Pública. Este ano estamos combatendo o desmonte dos direitos e dos bancos públicos”, convocou Dionísio Reis.

A CEE-Caixa cobrou mais uma vez a revogação da versão 41 do RH 184, o fim da Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) e do descomissionamento arbitrário e, especificamente o descomissionamento de gestantes. Sobre a verticalização, a Comissão reivindicou o fim do processo, que além de descomissionar arbitrariamente muitos empregados, expôs a Caixa  no mercado. “Faz com que o banco reduza a atuação em áreas que sempre foi referência e concorra com bancos privados em áreas nas quais eles dominam”, apontou o coordenador da CEE-Caixa. Os representantes dos empregados solicitaram o ressarcimento dos gastos do CPA 20 dos trabalhadores que são eventuais de gerente e que mantêm, segundo a Caixa, sua eventualidade por um período. 

Os trabalhadores reivindicaram fim das discriminações e mais transparência nos processos seletivos internos. A Caixa anunciou uma nova sistemática desses processos e afirmou que dará mais detalhes sobre a questão nas próximas mesas. 

Questionados sobre a necessidade de criação de unidades estaduais de Saúde do Trabalhador, com a participação dos empregados, os representantes da empresa afirmaram que todos as unidades da federação têm pelo menos um empregado responsável pelo tema, mas a Comissão dos empregados reiterou que isso não é suficiente. A Caixa informou ainda está em andamento o fortalecimento dos Fóruns Regionais de Condições de Trabalho. 

Os empregados aproveitaram o encontro para protestar pela demora da empresa em disponibilizar o incentivo à escolaridade em 2018. O banco informou que as bolsas para pós-graduação já estão disponíveis e que as destinadas às Línguas e graduação devem estar disponíveis até o final de agosto. 

Antes de encerrar, os empregados entregaram um ofício para reiterar a necessidade de mais transparência na gestão do Saúde Caixa, com o acesso a dados que permitam as entidades entender mais profundamente a situação do plano de saúde.

Fonte: Fenae

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