28 de Março de 2017 às 09:13

Santander fecha agências e preocupa bancários

Santander

Mesmo tendo adquirido 1,9 milhão de novos clientes em 2016, o Santander vem promovendo o fechamento de agências. O Sindicato dos Bancários de São Paulo apurou que desde o começo do ano foram encerradas 15 unidades em todo o país, sendo ao menos três na sua base. Cobrado pela entidade, o banco espanhol garantiu que este processo não vai gerar demissões e que os empregados serão realocados para outras agências.

Entretanto, os representantes dos trabalhadores constataram que funcionários da área de atendimento estão sem agência definida e muitos se encontram emprestados em outras unidades.

“Cobramos transparência neste processo e a garantia do emprego destes funcionários, pois não há nenhuma justificativa para a eliminação de mais postos de trabalho em um cenário em que o banco aumentou seu lucro em mais de 10% e ganhou quase dois milhões de clientes no ano passado”, argumenta a dirigente sindical de São Paulo e bancária do Santander Wanessa de Queiroz.

Em 2016 o banco espanhol alcançou lucro líquido gerencial de R$ 7,3 bilhões, crescimento de 10,8% em relação a 2015. O resultado representa 20% do seu lucro global. Apenas no quarto bimestre, faturou R$ 1,989 bi, resultado 23,8% superior ao obtido no mesmo período do ano anterior. Ainda assim, o Santander extinguiu 2.770 postos de trabalho em 12 meses no Brasil.

“É uma gestão equivocada que não leva em conta nem os trabalhadores, nem os clientes, e muito menos a função social que uma instituição financeira deve executar como determina a Constituição Federal do país que responde por um quinto do seu lucro global”, afirma a Wanessa de Queiroz.

A redução no número de funcionários se torna ainda mais injustificável se analisada a receita do banco com tarifas cobradas dos clientes, que alcançou R$ 13,7 bi em 2016, aumento de 15,6% no período. O valor cobre em 155,8% a despesa com pessoal, incluída a PLR (Participação nos Lucros e Resultados), um crescimento de 8,9 pontos percentuais em relação a 2015.

“Lembramos que nos piores momentos da crise financeira que atingiu a Espanha, o Santander não promoveu demissões, portanto não aceitamos que o banco aja de outra forma no Brasil”, finaliza Wanessa.

Fonte: SEEB/São Paulo

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