22 de Julho de 2019 às 15:01

Sindicato retarda abertura de agência em protesto contra assédio moral no Bradesco

Combate ao assédio moral

O Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região retardou em uma hora a abertura da agência do Bradesco que fica na Rua Dom Aquino, entre a Rui Barbosa e a 13 de maio, em Campo Grande. A ação ocorreu nesta segunda-feira (22) em protesto contra a prática de assédio moral por parte do gerente geral da unidade. O atendimento na agência que seria iniciado às 11h, só foi liberado às 12h.

Os dirigentes sindicais chegaram às 7h15 e colocaram uma faixa em frente à agência com os dizeres: “Gerente geral assediador, aqui tem!”. O objetivo é chamar a atenção dos representantes do banco e pedir fim da prática, que já é reincidente na agência. Em maio de 2018, o sindicato também protestou contra a mesma atitude do gestor.

“Como não houve mudança, estamos aqui novamente. Recebemos denúncia de que nessa agência o quadro de pessoal está muito insatisfeito, está sendo muito pressionado e maltratado pelo gerente geral, pela forma agressiva como ele vem cobrando as metas, e se dirigindo aos trabalhadores”, explica a presidente do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues.

Com o protesto, o gerente regional do Bradesco e um representante da Inspetoria do banco foram até a agência e se reuniram com os dirigentes sindicais, com a participação do próprio gerente.

“Os representantes do banco assumiram o compromisso de acompanhar o quadro de funcionários. Os bancários têm o compromisso de estar cumprindo as metas impostas pelo banco, mas a forma como tem sido o tratamento por parte do gerente faz com que eles tenham desânimo, não querem nem vir trabalhar. Não queremos demissão, não é isso que o sindicato pede, mas que haja respeito pelos funcionários e que o gerente tenha um comportamento adequado”, destaca a presidente do sindicato.

 

O diretor do sindicato, Francisco de Assis Carvalho, que é funcionário do Bradesco, explica que a prática de assédio moral traz sérias consequências e que há denúncias desta e outras agências do banco. “Nós recebemos denúncias de funcionários chorando, pela forma que estão sendo tratados dentro do ambiente de trabalho. Recebemos denúncia de funcionários já tomando remédio de tarja preta, e funcionários que não aguentam e pedem para sair, simplesmente não conseguem trabalhar dentro da empresa. No caso específico desta agência, praticamente a metade do quadro de funcionários reclama de assédio”.

De acordo com o secretário de assuntos jurídicos, Orlando de Almeida Filho, o sindicato busca esclarecer os trabalhadores sobre as características do assédio e os bancários que sofrem qualquer tipo de assédio moral ou sexual devem fazer a denúncia para que a entidade sindical possa atuar.

“O sindicato tem feito discussões junto com o Ministério Público do Trabalho, elaboramos junto com o MPT cartilhas denunciando assédio moral, distribuímos material informativo para que os gestores possam ter acesso a essas informações para verificar onde é que está errando e, ao mesmo tempo, os trabalhadores possam compreender e saber o que é o assédio moral e onde denunciar. É importante denunciar, o sindicato sempre garante o sigilo, essas denúncias são fundamentais para a atuação do sindicato e para alimentar o banco nacional de dados sobre a questão do assédio moral”, comenta.

 

Como fazer a denúncia

Procurar o sindicato é a melhor forma que os bancários têm de se protegerem e garantirem os seus direitos. O bancário pode entrar em contato com o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região pelo número (67) 3312-6109 ou ir diretamente à sede, localizada na R. Barão do Rio Branco, 2652 – Centro, ou denunciar diretamente pelo site, basta clicar aqui.

Por: Assessoria de Comunicação SEEBCG-MS                                                                                                Fotos: Daiana Porto/ Martins e Santos Comunicação 

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