29 de Janeiro de 2021 às 12:52

Contra a reestruturação, bancários do BB em Campo Grande e região paralisaram as atividades nesta sexta

Paralisação

Nesta sexta-feira (29), funcionários das agências, postos de atendimento, escritórios e outras unidades do Banco do Brasil cruzaram os braços contra a reestruturação do banco público. O movimento alcançou todo o país, em um sinal da rejeição do plano de desmonte da direção do banco, que prevê 5 mil demissões e fechamento de centenas de agências, postos e escritórios do BB.

A paralisação teve adesão massiva dos bancários do BB em Campo Grande e no interior do estado. Segundo a presidenta do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, Neide Rodrigues, a adesão dos trabalhadores ao movimento foi muito significativa.

“A grande adesão dos bancários hoje mostrou que todos estão muito conscientes sobre os prejuízos dessa reestruturação. O sindicato esteve à frente para orientar e conversar com a população e com os bancários, pois esse desmonte irá impactar a todos”, afirma.

 

Em virtude da frustração das negociações com a direção do banco público, inclusive com a intermediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), foi realizada assembleia extraordinária específica onde os trabalhadores de todo o país deliberaram e aprovaram a paralisação por prazo determinado de 24h nesta sexta.

Ainda de acordo com a presidenta, a categoria bancária precisa estar unida para barrar mais esse desmonte. “Mesmo com todos os percalços, os bancários estão trabalhando muito, cumprindo as metas e dando lucro para o banco, que já sabemos que não é pouco. E mesmo depois de todo esse esforço, muitas vezes mediante metas abusivas, o banco ainda impõe mais esse desmonte. A categoria está ciente de que o melhor jeito para reverter isso é a união e o fortalecimento da luta para enfrentar esses momentos”, destaca.

Durante a manhã, os diretores do SEEBCG-MS percorreram as agências para dialogar com os bancários e com a população em geral.

 

“Ao percorrer as agências, percebemos um claro sentimento de companheirismo entre a categoria. Nos últimos dias, o sindicato esteve em diálogo com os trabalhadores sobre a paralisação de hoje e o entendimento dos bancários se materializou na grande adesão, todos descontentes com esse plano de desmonte. Ficamos satisfeitos com os trabalhadores que decidiram se unir à luta e optaram em cruzar os braços hoje e dizer não a essa reestruturação”, afirma o secretário de Assuntos Jurídicos do sindicato e bancário do BB, Orlando de Almeida Filho.

 

As mudanças podem atingir 690 bancários na capital e no interior do estado. Na base do SEEBCG-MS e região, há atualmente cerca de 60 unidades do Banco do Brasil, com a reestruturação, pelo menos, três agências serão fechadas e três serão transformadas em postos de atendimento. 

Além da paralisação, houve também um tuitaço durante a manhã com a hashtag #MeuBBValeMais.

Negociação

Na próxima semana, a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e o Comando Nacional irão se reunir para avaliar a mobilização desta sexta-feira.

“A paralisação no dia de hoje foi muito boa. Muitos bancários entenderam a importância de cruzar os braços. Não foi uma paralisação contra o nosso trabalho, mas para cobrar respeito e dignidade por parte da direção do Banco do Brasil”, explica o coordenador nacional da CEBB, João Fukunaga. 

Na reunião, será avaliada a continuidade das mobilizações, caso a direção do Banco do Brasil se recuse a dialogar com seus funcionários sobre eventuais mudanças no banco. “A Comissão de Empresa vai se reunir na próxima semana, junto com o Comando Nacional, para avaliarmos como foram os atos no Brasil inteiro. Vamos montar um novo calendário de lutas caso o banco não nos chame para a negociação. Não descartamos a possibilidade de greve dos funcionários do Banco do Brasil”, afirmou o coordenador da CEBB.

Por: Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS com informações da Contraf-CUT

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