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17 de Julho de 2017 às 11:40

No BRB é proibido envelhecer ou adoecer

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Com o aumento da expectativa de vida, graças às evoluções científicas e tecnológicas, o envelhecimento da população é uma tendência mundial. Políticas voltadas para a valorização do conhecimento adquirido ao longo dos anos são pensadas a fim de conciliá-lo com o vigor da juventude.

Grandes empresas têm caminhado no sentido de valorizar funcionários experientes, levando em conta o acúmulo considerável da inteligência dos processos e da cultura da empresa, além da credibilidade conquistada junto aos clientes. Isso, sem deixarem, no entanto, de colaborar para um convívio saudável e produtivo entre os funcionários mais antigos e os novos que têm boa formação, treinamento e desejo de crescer. Com essa política, tanto funcionários como empresa saem ganhando.

Contudo, o BRB parece levar muito a sério a ficção. E não será surpresa se nas próximas contratações tiver uma cláusula em que o banco exija o compromisso do funcionário de não envelhecer e nem adoecer.

Pelo visto, parece que a diretoria do BRB assistiu e gostou bastante do filme "O Curioso caso de Benjamin Button”. Nele, o personagem principal, interpretado por Brad Pitt, nasceu de forma incomum, com doenças e aparência de uma pessoa por volta dos 80 anos, embora seja um bebê. Porém, ao invés de envelhecer com o passar do tempo, Button rejuvenesce.

O BRB tem tomado decisões que desrespeitam os funcionários mais antigos, com a imposição de condições e formas de tratamento que passam a clara mensagem: “No BRB é proibido envelhecer”. É proibido envelhecer, senão é descomissionado. É proibido envelhecer, senão é jogado de um lado para o outro.

Para o diretor do Sindicato de Brasília e bancário do BRB Daniel de Oliveira, as atitudes do banco visam, literalmente, "dar canseira" aos funcionários mais antigos, a fim de que não vejam outra alternativa a não ser pedir para sair.

Adoecimentos

Outro fato grave, mas que também tem sido mapeado pelo Sindicato, é o tratamento desumano e a falta de responsabilidade do BRB para com trabalhadores adoecidos.

"É como se o banco estivesse punindo a pessoa por ela envelhecer, uma forma de tratamento inadmissível", critica a diretora da Fetec-CUT/CN Cida Sousa.

Cristiano Severo, secretário geral do Sindicato de Brasília, observa a falta de responsabilidade e de senso de humanidade do banco quando descomissiona funcionários adoecidos pelo trabalho ou com doenças pré-existentes.

Severo, que também é funcionário do BRB, relata que até mesmo pessoas em tratamento de câncer não têm tido “muita compreensão” por parte do banco. Mas ele alerta que os casos de funcionários antigos que estiverem sofrendo assédio e dos trabalhadores doentes que têm tido por vezes sua situação agravada pela política pouco responsável adotada no banco não ficarão sem resposta. E assegura: “O Sindicato acionará a diretoria do banco para tratativas e até órgãos externos para banir esta prática danosa e desumana de dentro do banco”.

Fonte: Fetec-CN

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