24 de Novembro de 2021 às 17:23
Caixa Econômica
O Grupo de Trabalho de Promoção por Mérito da Caixa Econômica Federal se reuniu na segunda-feira (22) para dar continuidade às negociações sobre os critérios a serem adotados para o pagamento dos valores referentes ao Plano de Cargos e Salários (PCS), “deltas”. O GT é composto de forma paritária por representantes dos trabalhadores e do banco.
A Caixa apresentou proposta considerando o programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) como único parâmetro a ser utilizado para o cálculo, frustrando a representação dos empregados.
“A própria Caixa diz que a GDP é utilizada como forma de ‘educar’ os gestores a fazerem uma avaliação mais condizente com a realidade. Ou seja, ela não avalia corretamente o desempenho dos empregados. Portanto, não deve ser utilizada como parâmetro para o cálculo”, disse o coordenador da representação dos empregados no GT, João Paulo Pierozan. “Além do mais, a Caixa sequer respondeu sobre nosso questionamento sobre o dia não trabalhado no dia 27 de abril, devido à greve. O banco considera o dia como falta não justificada, o que impede que um número muito grande de empregados participem do processo de promoção por mérito. Não temos como aceitar isso”, completou.
Pela proposta apresentada pelo banco, apenas 62% dos empregados receberiam delta (57% receberia um delta e 5% dois deltas). Neste momento (base outubro/2021), estes 5% estão enquadrados como desempenho excelente na GDP, mas isso pode mudar até o final do ano.
“A nova GDP utiliza um mecanismo chamado “curva forçada”, que define que 5% dos empregados, mesmo que tenha cumprido todas as tarefas e as metas propostas não receberá o desempenho excelente. Não dá para aceitar que uma parte dos empregados, mesmo tendo realizado tudo o que foi proposto, seja penalizada”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
“O mais razoável é que a direção da empresa garanta um delta para todos os empregados elegíveis, assim como foi feito no ano base 2020”, completou Pierozan.
Já em abril de 2021, quando foi efetuado o pagamento referente ao ano base 2020, o movimento sindical cobrava que a Caixa iniciasse as negociações para a definição dos critérios da Promoção por Mérito, mas o banco somente aceitou realizar uma reunião para tratar do assunto na semana passada.
“Infelizmente, somente agora a Caixa aceitou tratar do assunto. E agora propõe um modelo que exclui grande parte dos empregados. O mais sensato é que se mantenha o modelo utilizado em 2020 e comecemos já a tratar do modelo para 2022”, defendeu a coordenadora da CEE.
A próxima reunião para tratar sobre a promoção por mérito será realizada na sexta-feira (26).
Fonte: Contraf-CUT
Link: https://www.seebcgms.org.br/caixa-economica-federal/promocao-por-merito-na-caixa-ainda-esta-indefinida/