22 de Setembro de 2011 às 03:43

Assembleias devem rejeitar proposta dos bancos e deflagrar greve no dia 27

Os sindicatos de bancários de todo o país realizam nesta quinta-feira (22) assembleias para rejeitar a proposta apresentada pelos bancos na quarta rodada de negociação, ocorrida na terça-feira (20) e deflagrar greve nacional a partir da próxima terça-feira (27), conforme orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, que considerou insuficiente a proposta da Fenaban. "A proposta dos bancos está muito longe de atender às nossas reivindicações, o que deve levar os bancários para a greve. Continuamos acreditando no processo de negociação, mas estamos preparados para realizar uma forte mobilização, com uma paralisação ainda maior do que a do ano passado", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando. Em 2010, os bancários fizeram a maior greve da categoria dos últimos 20 anos, com adesão recorde tanto em bancos públicos quanto privados. A Fenaban propõe reajuste de apenas 7,8% sobre os salários, PLR e demais verbas (vale-refeição, cesta-alimentação e auxílio creche/baba, dentre outras). Esse índice representa somente 0,37% de aumento real. "Apesar dos excelentes resultados dos bancos, o aumento real é muito pequeno, não tem valorização do piso, nem elevação da PLR, nenhuma proposta de emprego e não apresentaram a redação das poucas medidas de saúde e segurança que teve avanços", completa. Os bancários querem reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%), PLR maior, piso do Dieese, fim da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização, dentre outras reivindicações. Uma nova rodada de negociação está agendada com a Fenaban para sexta-feira (23), às 14h, em São Paulo, a fim de continuar as discussões. Na próxima segunda-feira (26), novas assembleias deverão ser realizadas pelos sindicatos em todo país para definir os rumos do movimento. "Os bancos lucraram mais de R$ 27,4 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, o que comprova que eles têm condições concretas de apresentar uma proposta que garanta emprego decente para todos os bancários, como forma de valorizar os seus trabalhadores, distribuir renda e assumir um compromisso com o Brasil e os brasileiros", ressalta Carlos Cordeiro. Veja as principais reivindicações da categoria: Remuneração - Reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%). - Piso igual ao salário mínimo do Dieese: R$ 2.297,51 (em junho). - PLR: três salários mais R$ 4.500 sem desconto dos programas próprios de renda variável - Plano de Cargos e Salários (PCS) em todos os bancos. - Gratificação semestral de 1,5 salário para todos os bancários. - Contratação da remuneração total dos bancários. - Vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio creche/babá iguais ao salário mínimo (R$ 545). - Auxílio-educação para todos os bancários. - Previdência complementar para todos os bancários. Emprego - Garantia de emprego; - Proteção contra a dispensa imotivada, combatendo a rotatividade. - Contratação de mais bancários; - Fim das terceirizações. - Jornada de trabalho de seis horas para todos os bancários. - Ampliação do horário de atendimento para das 9h às 17h com dois turnos de trabalho; - Tempo de até 15 minutos de espera nas filas nos dias normais; - Abono assiduidade de cinco dias por ano. Igualdade de oportunidades - Igualdade na contratação, remuneração e ascensão profissional. - Realização de um novo censo para avaliar os resultados dos programas implantados pelos bancos para combater a discriminação. - Prorrogação automática da licença-maternidade de quatro para seis meses, sem necessidade de solicitação por parte da bancária. - Condições de acessibilidade nas agências tanto para bancários como para clientes com deficiências. Saúde do trabalhador - Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral. - Participação dos trabalhadores na fixação das metas, que devem levar em consideração o tamanho, a localização e o perfil econômico das dependências, e não podem ser individuais. - Fim da divulgação de rankings individuais sobre cumprimentos de metas. - Suspensão do trabalho em espaços físicos em reforma. - Manutenção do salário e demais direitos no período de afastamento por problemas de saúde. - Permanência do plano de saúde na aposentadoria e com as mesmas regras. Segurança bancária - Assistência médica e psicológica às vítimas de assaltos, sequestros e extorsões. - Emissão da CAT para quem esteve no local de assaltos e sequestros. - Fechamento das agências após assaltos, consumados ou não. - Porta de segurança, câmeras com monitoramento em tempo real e vidros blindados em todas as agências e postos. - Biombos entre a fila de espera e a bateria de caixas, e divisórias individualizadas entre os caixas internos e os eletrônicos para combater "saidinha de banco". - Proibição ao transporte de valores e à guarda das chaves das unidades pelos bancários. - Adicional de 30% de risco de morte para agências, postos e tesouraria. Confira o calendário das atividades: Dia 21 - negociação específica com a Caixa Dia 21 - negociação específica com o Banco do Nordeste Dia 21 - negociação específica com o Banpará Dia 22 - assembleia para deliberação sobre a proposta Dia 23 - negociação com a Fenaban Dia 23 - negociação específica com o Banrisul Dia 26 - nova assembleia Dia 27 - data indicativa de greve

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