16 de Julho de 2019 às 08:58

Assédio se mantém como prática cotidiana no Itaú

Itaú

O assédio moral no Prédio do Aço, concentração de trabalhadores do Itaú na zona sul de São Paulo, continua em alta. Trabalhadores denunciaram ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região que a prática tem feito, inclusive, com que muitos deles passassem mal por conta do estresse.

As denúncias foram feitas depois que um bancário do setor sofreu um infarto e não recebeu atendimento adequado. O prédio não tem ambulatório e, segundo relatos, o bombeiro não tinha preparo para prestar os primeiro socorros. O funcionário teve de ser levado no carro de um colega para o hospital e só ali foi constatado que ele estava sofrendo uma parada cardíaca.

Depois do incidente, dois bancários também passaram mal após serem demitidos no mesmo setor. Segundo o gestor que promoveu os desligamentos, eles não cumpriram “as regras do setor” e “não se enquadrariam no perfil do banco”.

Uma bancária do setor, que preferiu não se identificar, relatou um ambiente de pressão constante, o que tem gerado a onda de adoecimentos.

“Fica difícil focar nas nossas metas. Temos de focar na agenda do dia, mais clientes que entram a rodo, um fluxo de ligações que é igual ao de uma agência digital, fora os e-mails que não conseguimos mais ler porque não dá tempo. Estou pensando seriamente em pedir desligamento, pois estou ficando doente”, disse.

Além da rotina de trabalho, a cobrança por metas está sendo feita de forma incessante. “Pior ainda: os gestores têm dito aos bancários que o Itaú está recrutando para este setor, e que, se eles não entregarem as metas, serão demitidos. Isso explica o volume de trabalhadores passando mal por conta de estresse, do assédio moral e da cobrança de metas abusivas”, explica a dirigente sindical e funcionária do Itaú Elaine Machado.

Retorno do banco

Em reunião com representantes do Sindicato, o banco negou, apesar das evidências, que a prática de assédio moral seja frequente no Prédio do Aço. Na oportunidade, o banco se comprometeu a marcar uma nova reunião para explicar o funcionamento da área, o que ainda não aconteceu.

Fonte: SEEB/São Paulo

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