28 de Novembro de 2016 às 23:10

Bancários discutem reestruturação do BB em plenária no sindicato

Reestruturação

Reginaldo de Oliveira/Martins e Santos Comunicação

Na noite dessa segunda-feira (dia 28), os bancários se reuniram em plenária na sede do sindicato para discutir a reestruturação do Banco do Brasil anunciada no último dia 20. O programa vai extinguir 9 mil vagas no banco e fechar 402 agências em todo o país, além de um Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI) com público alvo de 18.000 funcionários.

Em Mato Grosso do Sul, duas agências serão fechadas em Campo Grande (Cachoeira e Parque das Nações) e uma em Corumbá. Outras quatro serão transformadas em postos de atendimento: Campo Grande (UFMS), Rio Negro, Dourados e Ponta Porã.

“Se os bancários já estavam sofrendo com a sobrecarga de trabalho, agora a situação tende a piorar com a falta de 18 mil bancários que poderão se aposentar. Sem falar que a população também será diretamente atingida, com o fechamento de agências e poucos bancários para realizar os atendimentos”, ressaltou o presidente do sindicato, Edvaldo Barros.

“O movimento sindical é totalmente contra esse modelo desrespeitoso com os trabalhadores, que foi tomado de forma unilateral pelo banco, sem debater o assunto com as entidades que representam os bancários. Todos nós fomos pegos de surpresa e desde o anúncio, estamos em busca de informações para ajudar os trabalhadores do BB. É preciso unidade da classe para enfrentar esse tempo nebuloso que vamos enfrentar”, afirmou o secretário jurídico do sindicato e funcionário do BB, Orlando Almeida Júnior.

Debate

Na plenária, estavam presentes os advogados da assessoria jurídica do sindicato que puderam fazer alguns esclarecimentos ao presentes. Houve questionamento se quem aderir ao programa de aposentadoria, renúncia as ações coletivas de 7ª e 8ª horas. Na avaliação do jurídico, a adesão ao PEAI não importa na renúncia de direito individual de ação ou desistência das ações coletivas movidas pelo sindicato em benefício dos bancários.

Também foi discutida a movimentação de pessoas no BB, através do TAO Especial – que é um sistema para inscrições e seleção aos cargos que ficarem vagos por causa de aposentadoria e para realocação dos funcionários que tiveram seus cargos extintos ou reduzidos, devido o fechamento de centros de serviço e agências. Os debates foram quanto as garantias de manutenção de praça e de remuneração para os funcionários que tiveram cargos e funções cortados, bem como a todos que ficarão como excedentes em cada agência.

O departamento jurídico, através ao advogado Alexandre Cantero, ressaltou que a perda da função comissionada não afastará direitos de incorporação daqueles que tiverem ocupado a função em tempo igual ou superior a dez anos. Mas para garantir esse direito, deverá ser feita através de ação judicial. “São múltiplas as situações dos bancários e precisaremos avaliar separadamente cada uma, já que cada função e grupo têm sua especificidade. Precisamos que os bancários procurem o departamento jurídico para que possamos tomar as medidas”, esclareceu o advogado.

Outra medida anunciada pelo banco refere-se à adesão de jornada de trabalho de 6 horas diárias, tema que também foi amplamente discutida. Os bancários que tiverem dúvidas podem mandar o questionamento para o e-mail: [email protected], ou ainda podem entrar em contato com a assessoria jurídica através do telefone (67) 3312-6100.

Dia de Luta

Nesta terça-feira, dia 29, vai ser realizado o Dia de Luta do BB em todo o país. Em Campo Grande, o sindicato vai protestar em frente das duas agências que serão fechadas: Cachoeira e Parque das Nações.  

Por: Assessoria de Comunicação do SEEBCG

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