24 de Novembro de 2016 às 11:37

Sindicato dos Bancários se mobiliza contra a reestruturação do Banco do Brasil

Reestruturação

Reginaldo de Oliveira/Martins e Santos Comunicação

Agência Parque das Nações do BB vai ser fechada em Campo Grande.

Os trabalhadores do Banco do Brasil ainda estão sem entender os motivos do anúncio de reestruturação institucional do banco, que vai reduzir 9.072 vagas no quadro de pessoal, desativar 402 agências e outras 379 serão transformadas em postos de atendimento. Uma medida totalmente unilateral e arbitrária, que em nenhum momento foi discutida com as entidades sindicais que representam os bancários. O BB lucrou R$ 7,070 bilhões nos primeiros nove meses de 2016, resultado que mostra que não há necessidade para enxugar ainda mais a máquina administativa, sem falar que pode contribuir indiretamente para o aumento de desempregados no país.


Em Mato Grosso do Sul, duas agências serão fechadas em Campo Grande (Cachoeira e Parque das Nações) e uma em Corumbá. Outras quatro serão transformadas em postos de atendimento: Campo Grande (UFMS), Rio Negro, Dourados e Ponta Porã.

Para defender os interesses dos bancários e dos próprios clientes que serão prejudicados com essa reestruturação, o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região está se mobilizando e tomando algumas atitudes. Na quinta-feira, dia 24, teve uma reunião com a Superintendência Regional e a Gestão de Pessoas do BB (clique aqui e saiba da reunião).  O sindicato também acionou o departamento jurídico.

Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada – PEAI

O BB anunciou ainda um Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI), que pretende extinguir 18 mil postos de trabalho. Para o sindicato, isso vai representar uma brutal redução no quadro de funcionários, acarretando em sobrecarga de trabalho aos bancários da ativa.

“Na verdade, isso representa a precarização de trabalho e exploração dos que vão continuar trabalhando. É um triste capítulo do descaso do governo de Michel Temer, que impõe mudanças radicais na vida dos trabalhadores e nos serviços prestados a população, que vai ser impactada com a redução de agência e de bancários”, comentou o secretário jurídico do sindicato e funcionário do Banco do Brasil, Orlando Almeida Júnior.

Entre vários pontos deste plano, o sindicato critica o prazo curto para adesão, que é até 9 de dezembro, já que essa decisão a ser tomada vai impactar não somente na vida profissional como pessoal do trabalhador bancário. A entidade sindical recomenda cautela e reflexão por parte dos bancários que podem se aposentar: apesar dos incentivos financeiros, com adesão ao programa, o trabalhador não mais receberá PLR, cesta alimentação, vale alimentação e alguns outros benefícios para os que estão na ativa.

Na avaliação do departamento jurídico, a adesão ao PEAI não importa na renúncia de direito individual de ação ou desistência das ações coletivas movidas pelo sindicato em beneficio dos bancários.

Jornada de seis horas

Outra medida anunciada pelo banco refere-se à adesão de jornada de trabalho de 6 horas diárias. O secretário jurídico do sindicato reforça que esse termo de opção de jornada de seis horas também não foi negociada com as entidades sindicais. “Na avaliação do departamento jurídico, antes de optar pela jornada de 6 horas, é fundamental que os funcionários avaliem sua situação individual, a redução da remuneração e seus reflexos no INSS, férias, 13º salário”, alertou Orlando. O sindicato está aguardando do banco informações dessa mudança de carga horária, para então repassar para os bancários os impactos.

Comissionados

Com a extinção de 9 mil postos de trabalho, muitos setores serão extintos, acarretando a perda de função comissionada, mas o sindicato ressalta que isso não afastará direitos de incorporação daqueles que tiverem ocupado funções comissionadas em tempo igual ou superior a dez anos. Mas para garantir esse direito, deverá ser feita através de ação judicial, podendo ser feita de forma coletiva pelo sindicato.

Mobilizações dos bancários

Os trabalhadores do BB precisam também se mobilizar e entrar nesta luta contra a retirada de direitos. No próximo dia 28, a partir das 18 horas, haverá uma plenária para discutir o assunto com os bancários. Na oportunidade, os trabalhadores poderão tirar dúvidas com o departamento jurídico que estará presente. Quem quiser, também pode já mandar os questionamentos para o e-mail: [email protected].

“São tempos de incertezas para os trabalhadores que estão à mercê dos caprichos deste governo, que não está preocupado com a mão de obra brasileira, mas sim com o mercado financeiro. Tanto que o anúncio dessas medidas foi feito pela imprensa no domingo, sem em nenhum momento dialogar com as entidades sindicais. Precisamos de união e luta neste momento, para tentar barrar essa e outras ameaças que rondam os trabalhadores, como a privatização do BB e da Caixa e a terceirização”, finaliza o secretário jurídico do sindicato.

Por: Tatiana Martins/Assessoria de Comunicação do SEEBCG

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