3 de Outubro de 2025 às 12:49

SEEBCG-MS participa de Conferência Nacional sobre os impactos da IA no trabalho

Inteligência Artificial

Acontece nesta quinta-feira (2) e sexta (3), em São Bernardo do Campo, a 1ª Conferência Nacional por Inteligência Artificial com Direitos Sociais. 

O evento irá debater os impactos da IA no mercado de trabalho, especialmente em economias emergentes como o Brasil. Também pretende elaborar reivindicações que garantam proteção aos trabalhadores, participação nas decisões tecnológicas e distribuição justa dos ganhos de produtividade, além de promover a soberania digital e de dados, com foco em infraestruturas públicas e tecnologias abertas. O objetivo é encontrar formas de reduzir o poder de mediação social das Big Techs e avançar na formulação de políticas de combate à desinformação.

O Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região está participando da conferência através da presença do dirigente sindical Álvaro Marzochi, bancário do Banco do Brasil.

“O debate aqui é claro: a tecnologia avança a passos largos e nós, bancários, estamos na linha de frente dessa transformação. O que vimos aqui é que a inteligência artificial, que já é uma realidade nos bancos, não pode servir apenas para aumentar o lucro das instituições financeiras, cortar postos de trabalho e intensificar a vigilância sobre nós”, comenta Álvaro.

O dirigente sindical destaca ainda que os debates na conferência reforçam a posição do sindicato: a tecnologia deve estar a serviço da humanidade. “Lutamos por uma transição justa, que inclua a requalificação dos trabalhadores, a redução da jornada de trabalho e uma regulamentação que garanta que os ganhos de produtividade sejam revertidos em melhores condições de vida para todos, e não em desemprego”, complementa.

IA e o Trabalho Bancário

Na abertura da Conferência, realizada na quinta (2), o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Gheorge Vitti, apresentou o painel “Inteligência Artificial, Bancos e o Futuro do Trabalho”. Ele destacou como a Inteligência Artificial (IA) e a IA Generativa (GenAI) já estão transformando o setor bancário, especialmente no Brasil, com o aumento dos investimentos em tecnologia, a reconfiguração dos canais de atendimento e a centralidade da IA como motor de inovação e eficiência.

Durante sua apresentação, Vitti também alertou para os impactos dessa transformação no emprego bancário, trazendo dados sobre a evolução das ocupações em tecnologia e sobre a redução de funções tradicionais. Ele ressaltou a necessidade de políticas de qualificação profissional, mitigação de riscos e regulação responsável da IA, mencionando o PL 2.338/2023 e o Plano Nacional de Inteligência Artificial.

“A tecnologia pode ser um instrumento de inclusão ou exclusão. Depende de como a sociedade decide utilizá-la. Para nós, trabalhadores e sindicatos, é fundamental garantir que a inteligência artificial venha acompanhada de diálogo social, negociação coletiva e proteção dos empregos. Só assim conseguiremos transformar esse processo em oportunidades, e não em mais desigualdade”, afirmou Vitti.

Segundo José Vital, a realização da conferência é fruto de um processo iniciado no ano passado, no Ceará, durante a 1ª Conferência Inteligência Artificial, Sindicatos e a Luta por Direitos. Agora, em âmbito nacional, o debate busca consolidar uma agenda que envolva sete segmentos sociais: movimento sindical, conselhos profissionais, universidades públicas, instituições de pesquisa, sociedade civil, parlamentares e mídia progressista.

Agenda estratégica

Os debates da conferência giram em torno de quatro eixos principais:

  • Impactos da IA sobre empregos e relações de trabalho, especialmente em economias emergentes como o Brasil;

  • Formulação de reivindicações que garantam proteção aos trabalhadores e distribuição justa dos ganhos de produtividade;

  • Soberania digital e de dados, com foco em infraestruturas públicas e tecnologias abertas;

  • Combate à desinformação e redução do poder das Big Techs na mediação social.

Programação segue nesta sexta-feira

Nesta sexta-feira (3), às 14h, os debates continuam na UFABC com a mesa “Sindicalismo e a Luta por Direitos Sociais e Sindicais na Era da IA”, que terá a participação de Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT Nacional, e Wellington Damasceno, diretor administrativo e financeiro dos Metalúrgicos do ABC. A atividade discutirá os desafios do movimento sindical diante das novas tecnologias e a importância de construir uma transição digital justa, democrática e inclusiva.

Por: Comunicação do SEEBCG-MS

 


 

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